Mais um ano sem ela, mais um (des)encontro vazio de sentido que outrora ainda era capaz de desfrutar. Desse tempo sobrou muito pouco.
BIA COELHO
O DESASSOSSEGO PARA OS QUE ENCONTRAM A PAZ
domingo, 26 de dezembro de 2010
Mais um ano sem ela, mais um (des)encontro vazio de sentido que outrora ainda era capaz de desfrutar. Desse tempo sobrou muito pouco.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
III.
De quanto tempo se faz necessário, afinal? De quantas maneiras distintas é possível sacramentar o mesmo fim? Desse jeito, com essa melancolia entreposta entre meus pensamentos e meu peito, havia-me esquecido. São de momentos como este de que sou feita. Uma consciência quase perturbadora me acompanha silenciosamente... É labiríntico... É cansativo.
I.
Não é fácil escrever sobre o que nos incomoda, sobretudo quando a clareza dos acontecimentos não acompanha meu raciocínio torto, ou o contrário. Talvez seja esse descompasso a razão de toda minha angústia. O que incomoda está em mim ou eu apenas reflito as condições externas que há muito deixaram de ser objetivas? Quem dá as cartas desse jogo, para o qual sequer são estabelecidas regras explícitas? Por que num dia você é a resposta e, noutro, a causa dos males? Sabe-se lá Deus quem somos nas mínimas frações de tempo as quais somos submetidos. Os artifícios sociais são vastos e reproduzidos intensamente para nós, em nós e por nós mesmos. Quando sou eu e quando são os outros? Parece não haver dúvida de que esse é um processo unívoco, para dizer no mínimo.
Quanto tempo mais levará para que eu tome uma decisão? Uma decisão que seja apenas minha? Acho que nunca. Por mais que seja doloroso assim é e será até o fim dos meus dias. Que eu encontre um lar em mim e que eu compreenda mais, a cada dia, todos os outros. Eu entendia fundamental uma reflexão sobre nós mesmos. Já não sei mais, porque hoje caíram por terra minhas crenças reflexivas. Não quero mais pesar os encontros desde que meu direito de abdicar deles seja preservado. Se sou/estou pesarosa não há mal, se sou o mal ou estou mal, não há problema. Oxalá eu aprenda ou desaprenda, porque em algum sentido terei vencido a mim mesma. Essa que hoje sou já se esqueceu de muitas coisas, mas é também capaz de relembrar o importante: a infinita capacidade que temos de olhar pra trás, sempre que necessário e ainda que inutilmente.
sábado, 26 de setembro de 2009
Velhos tempos, tempos Dela...
Te pus um rabo de papel
A joaninha foi correndo
E contou tudo pro bedel
Você chorando se escondeu
Eu fui chorar atrás da porta
Quase um ratinho me comeu
Se esse colégio fosse hoje
Tu não choravas não, nem eu...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O Adeus...
Propus escravizar-me de ti
No teu egoísmo me aninhei
Silenciosamente fiquei
Talvez nunca perceba
Os dias feitos à mão
O detalhe da renda
A extensão do remendo
Cuidei do bordado
Ajustei a altura
Encobri o manchado
Debrucei na costura
Artesã de mim mesma
Reconheço o todo
Que de tão esgarçado
Da cor restou pouco
Agora desfaço o traçado
Revejo os retalhos
Recolho os pedaços
De um peito cansado
Em "mente"...
Descortina a finitude da alma
Vela a transparência cerrada nas horas
No triunfo do dia que nasce
Morre por dentro, ao largo, por fora
O acalanto esperado
Da brisa esquecida
Que entoa a canção-despedida
Novamente, o dia
Repetidamente, as horas
O que traz melodia
Embala o fracasso